sábado, 13 de junho de 2015


Lucy Atkins, filha adotiva do casal Lauren e Zayn, se vê em maus lençóis quando percebe estar apaixonada pelo tio. Harry acaba se enrolando ao perceber que também é apaixonado pela sobrinha. Mas, além do grau parentesco, ele tem um caso com o irmão do cunhado, Louis Tomlinson. 
Louis começa a fingir que ainda gosta de Harry para se ver livre dele e Lucy terá que fingir que ela e o tio não têm um caso secreto.
Mas até quando vai continuaram esse jogo de "Continuar Fingindo?"


Sentiram saudades? Ah claro que não né?
Bom, essa não é bem a fic que eu falei, mas ela está toda planejada e eu sei bem onde termina e onde começa. Tem uns 7 capítulos prontos, 2 em andamento e 5 salvos em rascunho no Wattpad.
Mas eu preciso da ajuda de vocês. Sei que depois da saída do Zayn (que resolveu virar Ferb pela Perrie... Piada, calma) o rendimento de muitas fics, blogs, whatevers sobre 1D deram uma caída. 
Eu planejo, de verdade, dar um final para essa fanfic AQUI!
A história é curtinha, mas os capítulos são de tamanho considerável (umas 4 ou 5 páginas pra mim tá ótimo)
Vão dar uma chance a Keep Pretending?
Beijos de néon roxo, Cat 


Ps. A fic vai estar disponível interativa no Tumblr e no TFF, no Spirit e no Wattpad
Ps.2: A Lauren da fic é quase inspirada na Jauregui.
Ps.3: Não gosto de 5H. Nem um pouco, mas nada contra.
Ps.4: Terá alguns famosos ocultos que atenderão por outros nomes.
Ps.5: EU TO PUTA COM A MINHA AMIGA QUE ME AJUDA A ESCREVER OS HARRY'S FEELS! MUITO MUITO PUTA MESMO!



sexta-feira, 15 de maio de 2015

Zayn preparava alguma coisa na cozinha quando a tarde já estava caindo. Boo ainda estava assustada com aquelas pistolas. As únicas pessoas que ela tinha referência até o momento estavam armadas, mas por que ela não tinha uma arma? 
Boo continuou a vagar pelos corredores da casa. Imaginou se ela era tão enorme do lado de fora. 
Abriu a primeira porta que viu. Uma cama com lençóis azuis desarrumados. Um armário com um cadeado e uma mesa com computador. A janela era enorme e a vista fantástica. Imaginou ser o quarto de Zayn. Havia só mais uma porta, além da porta do banheiro que estava aberta e a da biblioteca que parecia nunca ter sido usada. A porta restante era mais clara que as outras e tinha uma chave na maçaneta. Boo girou a chave e abriu o quarto. Era de vários tons de roxo. A cama impecavelmente arrumada e mais livros espalhados por ali além de algumas policias. Boo imaginou que aquele fosse o seu quarto então se sentou na cama enquanto observava a cortina se movimentar no ritmo em que a brisa fresca entrava pela janela. 
-O que pensa que esta fazendo?- A voz de Zayn saiu fria. Ninguém entrava naquele quarto havia muito tempo. Nem ele entrava, apenas para fechar e abrir as janelas de vez em quando. Assim que ele passava por aquela porta era como ser atingido por uma onda alta sem saber nadar. Mas ele tinha que se conter.
-Aqui é o meu quarto, não é?- Boo soou meio confusa. Zayn não tinha resposta melhor para dar a não ser "sim" então assentiu.
-É que...- Ele tentou disfarçar indo até a janela- Você perto de janelas é altamente perigoso ainda mais no segundo andar quando elas estão abertas- Ele as fechou, respirando fundo- Eu preciso sair, deixei alguma coisa para você comer lá em baixo é melhor você ficar por lá. 
Boo seguiu Zayn até a sala e se sentou no sofá enquanto observava ele sair. Ele tinha assuntos sérios para resolver que não podiam mais ser adiados. 
Ela ficou pensando em como era a sua relação com Zayn, e por quanto tempo mais ela teria que ficar naquela casa. Ela sentia que não pertencia a aquele lugar, e estava frustrada por não ter certeza de nada. Nem sabia quantos anos ela tinha, nem onde ficava aquela casa, e com esse primo simpático que ela tinha com certeza seria complicado de saber. Os pensamentos dela foram ficando mais lentos e embaralhando até pegar no sono. 

-ABRE LOGO ESSA PORTA ANTES QUE EU ARRANQUE A SUA MÃO E USE ELA PARA ABRIR- O grito despertou Boo bruscamente.
A porta se abriu batendo contra a parede causando um estrondo. Pela porta cinco caras entraram segurando Zayn de um modo que ele mal poderia se mexer. Boo caiu do sofá enquanto seus olhos observavam a cena assustados. 
-Olha ele tem uma namoradinha- O mais alto dos homens disse- Será que se a gente brincar um pouco com ela você se importa?
Um deles soltou o pescoço de Zayn e começou a andar na direção de Boo. Ela recuou mas não tinha para onde correr.
-Não toquem nela- Zayn sibilou com a voz forte. Mesmo sabendo que não tinha como lutar sozinho com eles, não demonstrava medo- Eu vou dar o que vocês querem. 
-Você acha que eu vou deixar você ir sozinho pegar?  Claro que não.
-Ela vai- Zayn encarou Boo tentando falar com os olhos mas ela estava assustada demais, não entendia- La na biblioteca tem um fundo falso. Em baixo da terra, disque e aí terá o que eles precisam.
-Você tem terra na sua biblioteca?- Um dos caras perguntou com um ar meio retardado em sua voz. O mais alto deles deu um tapa em sua cabeça como se o estivesse repreendendo.
Mas Boo entendera muito bem. Era um código. 
Ela subiu as escadas o mais rápido que conseguiu arrastando sua perna pelo lugar. Já era bem de madrugada o sereno entrava pelas janelas enquanto ela arfava de dor para andar. Chegando na biblioteca ela podia raciocinar o código. " Embaixo da terra tem um fundo falso " 
Ela caminhou até o globo terrestre em cima da mesa. Normalmente as pessoas procurariam o fundo falso no chão. Mas na verdade era na própria mesa. Ali havia dinheiro, documentos falsos e um telefone. 
Ela pegou o telefone e quando desbloqueou a tela já abriu em um número de contato escrito "Styles".
Não era esse o sobrenome do Harry?
"Disque e aí terá o que eles precisam"
Ela discou no momento em que ouviu alguém subir a escada. Procurou melhor no fundo falso e achou uma pistola pesada porém pequena. Fechou o fundo antes que um dos caras chegasse na porta. Ele usava touca e tinha em mãos um bastão. 
-Eu levo isso- Ele disse, arrancando o telefone da mão dela. A ligação estava ativa- Parece que você discou o número da sua morte- Ele disse, e impulsionou o bastão para trás, porém antes que ele batesse nela, ela atirou. 
O som do tiro a ensurdeceu e como acertou o homem no pé só foi o suficiente para ela se arrastar dali. O barulho do tiro foi seguido de vários outros e ela imediatamente pensou " Mataram o Zayn" 
Quando chegou nas escadas viu Harry com uma metralhadora. Ele havia matado todos e Zayn estava intacto. 
-Olha parece que a mocinha entendeu o código- Zayn disse com a voz carregada. Ela deixou cair a pistola e correu até Zayn o apertando contra ela.
Ele ficou surpreso do modo como ela o apertava, como se quisesse se sentir segura. Ele a envolveu mais em seus braços.
-Calma.. Tudo bem- Ele não havia confortado ninguém a muito tempo não sabia exatamente o que dizer. 
Harry estremeceu e seus lábios formaram uma linha reta. 
-Vou me livrar dos corpos- Disse ele, por fim, e saiu batendo a porta com força.

domingo, 10 de maio de 2015
- Terminamos - Harry falou, fechando a maleta. Boo ainda sentia sua perna formigar levemente, mas a dor diminuira bastante. 
    - Obrigada por me remendar - Boo falou, observando enquanto Harry tentava segurar o riso. 
    - Que seja - ele falou, e agora já não se via mais nenhuma evidência de que um sorriso já esteve ali. 
    - Quando Zayn volta? 
    - Eu não sei - Harry falou enquanto colocava suas coisas de volta na maleta, evitando olhar para a garota. - Mas sei que já estou indo. 
    - Vai me deixar sozinha? - Boo questionou, os olhos arregalados. 
    - Você já está bem grandinha, pode se cuidar sozinha não acha? - Harry se levantou, segurando a maleta e andando até a porta. 
    - Bom, acho que sim. Obrigada mesmo assim - Boo apertou os lábios, mancando até o canto do quarto e sentando-se no chão. 
    - Tente não morrer enquanto estou fora - essas foram as últimas palavras de Harry antes que ele saísse pela porta. 
    Ela levantou-se com cuidado, andando com dificuldade até as escadas. Mais uma vez tentou subi-las, dessa vez com um melhor resultado. Assim que chegou no andar de cima, pôde observar a grande sala em que se encontrava. Era um lugar amplo, um grande sofá repousava em sua frente e a estante suportava uma televisão bem grande. 
     ''Eles devem ser ricos'' pensou, e olhando para suas roupas, imaginou se seria mesmo parte daquele família. Os seus cabelos estavam totalmente desgrenhados, sua blusa branca se encontrava cinza por conta da sujeira, e sua calça estava rasgada na perna em que Harry teve que colocar o gesso.
    - Boo? - ouviu a voz de Zayn no andar de baixo, ela olhou em volta, resolvendo por fim sentar-se no sofá. 
    - Estou aqui em cima! - gritou, tentando agir de forma natural. 
    - Como subiu aqui? - Zayn cerrou os olhos, guardando algo no cinto. 
    - Porque Harry tem uma pistola? 
    - O que? - Zayn questionou, repousando as mãos ao lado do corpo. 
    - Eu vi uma pistola no cinto dele, o que me faz pensar o que você carrega ai no seu - Boo gesticulou com a cabeça, indicando o cinto de Zayn. 
    - Não é nada com que deva se interessar - Zayn respondeu, ríspido. 
    - Tem um cara com uma arma dentro da minha casa e você acha que... 
    - Espera um pouco - Zayn riu. - Essa não é a sua casa. 
    - Você é meu primo, da na mesma - ela revirou os olhos. - O caso é... Eu não quero alguém com uma arma bem ao meu lado! 
    - Quer dizer uma como essa? - Zayn tirou a pistola de seu cinto, fazendo com que Boo arregalasse os olhos. Ele aproximou-se da garota, a pistola em mãos. 
    - Eu adoro essa pistola, é minha favorita. Pode atirar em longa distância - ele mirou em um ponto atrás da cabeça de Boo e fingiu atirar, então colocou-a bem na frente do rosto da garota e sorriu. - Mas fica ainda melhor atirando de perto. 
    - Pare! - Boo exclamou, tropeçado e caindo ao chão por conta do gesso. 
    - Nessa casa, as pessoas tem armas e acho bom que acostume-se com isso. Caso contrário, adeus lindinha - Zayn sorriu falso, guardando a arma de volta no cinto e andando ao lado oposto para a garota. 
    Boo sentiu as lágrimas vindo aos olhos, se ela era mesmo a prima de Zayn, queria voltar para casa o mais rápido possível. 
terça-feira, 5 de maio de 2015
-Se você não sabe quem eu sou, então o que eu to fazendo aqui? Aí meu Deus você deve ser um psicopata! Ou eu sou sua esposa? O que aconteceu comigo para eu ficar assim? Aí meu Deus... 

-Da pra parar?- Zayn gritou. Ele estava com os nervos a flor da pele. O que ele faria com aquela garota agora? Ele jogou sua xícara de chá na parede para aliviar um pouco a raiva. O vidro da xícara se espalhou pelo piso de madeira polida, e o líquido escorreu pela parede, aos poucos tocando o chão, deixando o ar com um aroma de limão.

A garota estava com os olhos arregalados enquanto ela tentava forçar alguma lembrança a vir em sua mente. O rosto dele parecia ser totalmente desconhecido, mas até seu rosto era desconhecido para ela. 

-Olhe bem- Zayn respirou fundo antes de falar- Você é minha prima, e mora comigo. Minha mãe viajou então estamos sozinhos. 

Ela tentou assemelhar a história. Não fazia sentido nenhum mas ao tempo era o mais provável. Qual o motivo que ela tinha para duvidar dele?

-Espera.. Então por que você não sabe o meu nome?

Zayn pensou rápido. Ele tinha que consertar rapidamente o seu erro.

-Claro que eu sei seu nome, eu estava brincando por que achei que você também estivesse... Seu nome é... Boo.

-Boo? Isso é o diminutivo de que?

-De nada, esse é seu nome.

Ela juntou as sobrancelhas formando uma ruga entre as mesmas.

-E meu nome é Zayn agora seja uma boa menina e se sente aqui- Ele se aproximou dela, que ainda estava receosa, então ela recuou, um pouco de mais. 

Seu corpo perdeu o equilíbrio e a janela que ela observara a floresta do lado de fora trincou quando seu corpo colidiu contra ela. Antes que ela atravessasse a mesma Zayn a pegou pelo braço.

-Você é inacreditável sabia- Ele murmurou a colocando no sofá- Vou ligar para um amigo vir dar um jeito em tudo isso- Ele colocou seu dedo na enorme ferida da testa de Boo que arfou de dor.

-Como isso aconteceu?- Ela apertou um pouco sua perna, ela não sentia o aperto mas sentia a dor que formigava e começava a subir para os outros membros de seu corpo.

-Você hã.. Caiu dali- Ele apontou para uma montanha de uns 6 metros.

-Eu cai tudo aquilo?

-Não exatamente. Eu consegui te pegar.

-E me jogou no chão da sala?

Zayn a encarou com os lábios comprimidos, ele não era do tipo que tinha paciência com.. Nada.

-Só cale essa boca enquanto eu concerto a janela- Ele disse após terminar de digitar uma mensagem para Harry.

Harry era seu amigo de muitos anos,  os dois eram a dupla impossível. Ele tinha diploma de medicina, o pai o obrigou a cursar, mas isso não o fez mudar quem ele realmente era, um bandido, assim como Zayn. 

Zayn tirou o vidro quebrado da Janela e começou a martelar madeiras no lugar do mesmo.

-Por que não coloca outro vidro?- Boo perguntou enquanto o olhava atentamente.

-Por que não me deixa em paz?- Ele socava o martelo na parede, quase que quebrando a mesma.

A porta da casa de abriu lentamente. Os braços de Boo se arrepiaram quando o vento frio entrou pela mesma.

-Caralho- O garoto disse após fechar a porta- Dessa vez você se superou Zayn...

-Harry você já conhece a Boo, esse é o Harry- Zayn fazia expressões estranhas tentando fazer com que ele "dançasse conforme a música", e ele por sorte entendeu.

-Ah claro.. Boo, olá- Harry disse meio forçado. Seus olhos passavam entre ela e Zayn tentando entender o que havia acontecido.

Boo somente sorriu meio desconfiada.

-Trouxe suas coisas de médico? 

-Você fala como se fossem brinquedos- Harry zombou.

-Trouxe ou não trouxe Harry?

-Não.. Eu vou buscar volto em alguns minutos- O garoto saiu novamente da casa.

-Ele me conhece?- A garota ainda olhava para a porta por onde ele havia saído- Parecia que não.

-Um pouco- Zayn explicou depois de ficar a última madeira na janela- Eu preciso sair agora mas logo o Harry vai estar aqui. Não saia dai.

"Como se fosse conseguir", ele adicionou mentalmente.

Logo depois que ele cruzou a porta, a mente da garota começou a trabalhar. Ela podia acreditar nele? E se eles fossem psicopatas? E se ela estivesse ficando louca por achar isso?

Apesar da dor intensa por todo corpo ela se apoiou no sofá para se levantar. Ela mancou até a porta e tentou abri-la. Trancada.

Ela se arrastou até onde ficava a escada, mas não conseguiria subir. Não custa nada tentar. 

Ela segurou no corrimão e ia carregando a perna quebrada degrau por degrau. A dor era tão intensa que as lágrimas escorriam por seus olhos involuntariamente.

Ela estava tão centrada em subir que não reparou quando Harry entrou na casa. Ele a pegou pelo braço que ela segurava a perna e a colocou de volta no chão.

-Onde pensa que vai?- ele perguntou, jogando uma maleta branca de metal no chão.

A voz ríspida de Harry a fez ter medo.
-Você é muda também ?

Ela negou com a cabeça.

-Então responda- Ele abriu sua maleta.
Revelaram-se vários instrumentos médicos, bisturis, anestesias, linhas, gazes, analgésicos, pinças, entre outras coisas.

Harry pegou uma pinça e uma linha. As mãos dele tremiam ao segurar os instrumentos o que a fez pensar se ele era autorizado a tratar de alguém. A única resposta que veio em sua mente foi "não".

-Onde o Zayn foi?- A voz dela saiu tremula.

-Ele tem umas coisas para acertar- Harry sentou- se no chão ao lado de Boo, e ela reparou algo diferente preso em seu cinto. Engoliu em seco quando percebeu que era uma pistola- Mas não se preocupe, vamos nós divertir muito. Eu sou um bom médico.
Oi amores. 

Infelizmente, a Giih saiu do blog, por alguns problemas de criatividade e talvez a falta de tempo, por isso as fanfics em andamento que ela escrevia não serão terminadas. 

Por esse motivo também reabriremos as vagas para postadores, enviem a ficha ali ao lado para o meu e-mail (leticia.fernandes239@hotmail.com). Eu vou avisar o(s) novo(s) postador(es) assim que encontrar um ou mais que atraiam minha atenção. 

xoxo Lê
segunda-feira, 4 de maio de 2015

Violet bateu a porta do carro, fechando os olhos quando ouviu o barulho irritante nos seus ouvidos. Naquele dia, sua cabeça parecia explodir a cada mínimo barulho, e isso não era nada bom levando em conta que ela tinha um relatório enorme para entregar, e muito trânsito pela frente. 

Acelerou o carro, colocando dois comprimidos para dor de cabeça na boca e engolindo-os a seco. Fez uma careta enquanto sentia os remédios descendo por sua garganta, os dois ao mesmo tempo. 

- Tudo bem, tudo bem. Vai dar tudo certo, vamos lá Violet - falou consigo mesma, parando o carro no sinal. A sua frente se via um cruzamento, os carros passavam à toda velocidade por seus olhos. Seus pés batiam impacientes no chão do carro, e ela estaria atrasada se não chegasse em seu escritório em exatamente vinte minutos. Violet se abaixou para ligar o som do carro, deixando com que a música invadisse lentamente seus ouvidos, acalmando-a pelo menos um pouco. 

Do outro lado do cruzamento, um carro preto vinha a toda velocidade, dentro dele, um sorriso brincava nos lábios do homem de cabelos pretos. O vento bagunçava seu topete levemente, quase apagando o cigarro que repousava agora em sua mão esquerda. 

Pelo retrovisor, ele podia ver a viatura policial se aproximando cada vez mais, o barulho ensurdecedor das sirenes brincando em seus ouvidos. O sinal fechou a sua frente, mas ele não podia simplesmente parar agora. Sem diminuir a velocidade, ele passou pelo sinal cantando pneus. 

Violet suspirou quando o sinal abriu, metendo o pé no acelerador com força e arrancando com o carro sem ao menos olhar se era ou não seguro. O momento seguinte se passou lentamente por seus olhos, o carro preto vinha em alta velocidade, suas mãos agarraram com força o volante, seus pés voaram contra o freio, mas era tarde demais. 

Ela sentiu o baque contra o seu corpo, o airbag bateu em seu rosto com força. Violet podia sentir o sangue escorrendo sem parar por sua testa, uma dor latejante se instalara em sua perna, como se algo a estivesse perfurando constantemente. 

Sua visão estava turva, e seu corpo pressionado contra o banco pelo airbag fazendo com que o mesmo não pudesse ser movido sem alguma ajuda. Violet podia sentir que aquele era o seu fim, seus olhos se fechavam aos poucos e no fim do túnel não havia nem uma faísca. 

Foi quando ela pensou que morreria ali mesmo, que sentiu duas mãos entorno de seu corpo, puxando-a para fora do carro, tirando-a daquele sufoco. O cheiro de cigarro invadiu suas narinas, mas ela sabia que um policial não deveria fumar. Antes que pudesse entrar em completo desespero, seus olhos se fecharam lentamente, o cheiro de cigarro e perfume barato já não podia mais ser sentido. 

Zayn carregava o corpo da garota sem o menor cuidado, abrindo a porta de seu carro com apenas uma mão. Ele acelerou o mesmo, não se importando com o estado deplorável que se encontrava por conta do forte impacto contra o carro da garota em seus braços. 

Acelerou o veículo, as sirenes ainda podiam ser ouvidas, mas eles ja não se preocupavam mais com ele devido ao enorme acidente que ocorrera atrás de si. Um suspiro caiu de seus lábios enquanto olhava para a garota ao seu lado, um filete de sangue escuro escorria por sua testa, e sua perna parecia quebrada ao primeiro olhar. Zayn se sentia culpado, não podia negar, mas não ir parar na cadeia era mais importante do que a vida de uma mulher qualquer. 

Mais duas horas de carro, e eles chegaram ao lugar onde Zayn visava desde o começo. Tirou Violet do carro de qualquer jeito, não se preocupando em fechar a porta do mesmo enquanto andava até a luxuosa casa à sua frente. Ele esperava que a garota acordasse na próxima hora, ou ele teria problemas. 

(...)

Violet sentia sua cabeça latejar mais do que o normal quando abriu os olhos, ao olhar em volta, não reconheceu o lugar onde estava. Tentou se levantar, mas a dor latejante em sua perna a impediu de tal coisa. Sua cabeça estava uma grande confusão. 

A mulher se perguntou se morava ali, se aquele era o seu lar, se perguntou também como seria o seu nome, na verdade ela não se lembrava de absolutamente nada. 

Vasculhou o quarto todo com os olhos, mas não havia nada que ajudasse em alguma coisa. Se levantou com esforço, seus olhos se enchendo de lágrimas por conta da dor em sua perna direita. Ela mancou até a janela, e qual não foi sua surpresa ao olhar para fora da mesma e encontrar apenas uma grande extensão de verde por todo o lado. 

- Vejo que alguém acordou. 

Violet se virou, seu coração palpitando contra seu peito por conta do susto. Um homem se encontrava encostado contra o batente da porta, uma xícara do que ela imaginou ser chá na sua mão direita. 

- Quem é você? - ela questionou, a voz rouca por conta da dor.

- Não sei se posso te contar, eu ainda não sei o seu nome - o homem revidou, sorridente como sempre. 

- Bom, eu também não. Acho que estamos na mesma situação - ela falou, vendo o sorriso do homem se desmanchar. De todas as pessoas do mundo, ele sequestrara uma garota sem memória, sem identidade. Uma vítima inútil.



     Às vezes, as melhores coisas chegam pelos piores caminhos. Ser mantida em cativeiro por um bandido pode parecer uma coisa horrível, e seria, se a vítima não tivesse perdido completamente a memória e não se lembrasse ao menos de seu nome. Mas uma hora tudo deve voltar ao seu lugar, e é exatamente nesse momento que as coisas saem do controle para Violet. Quando a sua memória retorna, ela se vê desesperada para voltar para casa, mas coisas ruins podem acontecer se estiver apaixonada por seu pior inimigo.

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